Há uma diferença entre não ter ninguém porque você escolheu e não ter ninguém porque todos foram levados embora.
As coisas que nos assustam são em maior número do que as que efetivamente fazem mal, e afligimo-nos mais pelas aparências do que pelos fatos reais.
Achava que devia ser ótimo ser o ar. Eu poderia ser alguma coisa e nada ao mesmo tempo. Ser necessário e invisível. Todos precisariam de mim e ninguém conseguiria me ver.
O mundo cria as coisas para cada lugar. Peixes para o mar, pedras para os céus das montanhas e garotas com sol na pele e mira perfeita para um deserto que não deixa a fraqueza viver.
Existem horas normais e horas inúteis, nas quais o tempo para e escorre e a vida — a vida real — parece distante.
Independentemente da direção que eu olhe, minhas paredes estão desmoronando, e essa maldita garota continua me apresentando o elemento mais perigoso de todos: esperança.
Eu deveria proteger e valorizar os jovens, os idosos e os doentes, porque em algum momento eu seria todas essas coisas antes da minha própria jornada terminar.